… Que celebra hoje, 5 de Julho de 2011, o seu 80º aniversário. Eu sou apenas uma entre muitas pessoas que têm muito a agradecer-lhe: no meu caso, nem mais nem menos do que o início – após muitos anos de tentativas – da minha carreira literária, pois foi ele quem propôs a publicação de «Visões». E o prefácio que ele escreveu para o meu primeiro livro ainda hoje pode servir de comprovativo para todos os que, eventualmente, ainda hoje, questionam o meu talento… incluindo eu próprio, em momentos de maior desalento.
Arquitecto de formação, mas mais conhecido enquanto homem do cinema e da televisão, António de Macedo dedicou ao grande e ao pequeno ecrãs três décadas de actividade intensa, durante a qual se afirmou também como um dos maiores «activistas» portugueses da ficção científica e do fantástico, numa filmografia em que se destacam títulos como «Os Abismos da Meia-Noite», «Os Emissários de Khalom» e «A Maldição de Marialva». Impossibilitado de continuar a sua carreira audiovisual, dedicou-se decididamente ao ensino… e à escrita, tanto em ficção como em não-ficção, tendo congregado à sua volta uma nova legião de admiradores, amigos e discípulos. Desde a fundação da Simetria, de que foi e é um dos grandes vultos, tornou-se presença assídua e interveniente em practicamente todos os grandes encontros nacionais de FC & F. Entretanto, tornou-se um eminente especialista em Esoterismo e em estudo de religiões, num percurso em que o ponto culminante foi o seu doutoramento, concluído em 2010, e de que resultou o seu mais recente livro, «Cristianismo Iniciático».
Curiosamente, no ano em que nasceu – 1931 – foram estreados vários filmes que viriam a tornar-se marcantes. Antes de mais, a grande «trilogia clássica» do terror: «Drácula», de Tod Browning, com Bela Lugosi; «Frankenstein», de James Whale, com Boris Karloff; «Dr. Jekyll and Mr. Hyde», de Rouben Mamoulian, com Fredric March. E ainda: «City Lights», de (e com) Charles Chaplin; «The Public Enemy», de William A. Wellman, com James Cagney; «Little Caesar», de Mervyn LeRoy, com Edward G. Robinson; «Monkey Business», de Norman Z. McLeod, com os irmãos Marx; «Platinum Blonde», de Frank Capra, com Jean Harlow; «M», de Fritz Lang; «À Nous la Liberté», de René Clair; «Tabu», de F. W. Murnau… Pode-se dizer que veio ao Mundo sob bons auspícios… cinematográficos, pelo menos! Parabéns, Mestre! (Celebração também no Esquinas (96) e no MILhafre (35), e ainda no Simetria Blog.)
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