quarta-feira, novembro 17, 2021

Oráculo: A terceira como uma primeira

Pelo terceiro ano consecutivo a cidade do Porto vai ser a capital da história alternativa em Portugal. E é como uma primeira vez, porque aos encontros de 2019 e 2020 sucede-se agora a Primeira Conferência Internacional «E se?» de História Mundial, que decorrerá entre 24 e 26 de Novembro na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com transmissão em directo e em linha. Antes, a 22, e com término também a 26, começará o evento paralelo Semana Cultural da Hipótese-Dias da História Alternativa, que terá lugar na sala Casa Comum da Reitoria da UP.
À semelhança do que aconteceu nos dois anos anteriores, a realização da iniciativa é comandada pela Invicta Imaginária, colectivo criativo responsável pelo projecto Winepunk. E são três os comités que a superintendem: um organizador e dois científicos, um dos quais honorífico – onde o meu nome está incluído devido à minha participação no primeiro encontro, juntamente com os de João Seixas, Luís Corredoura e Luís Filipe Silva, entre outros. O convite generoso e honroso partiu de Ana da Silveira Moura, mais uma vez a principal figura e força criadora e dinamizadora da iniciativa, que explicou em mensagem aos membros deste comité qual será a sua função: «O Honors Scientific Committee, que vocês constituem, é a alma  que mantém o caminho integro na conferência. Todos vocês estiveram presentes ou na primeira edição do meeting WhatIf, ou na segunda, e moldaram aquilo no qual ele se tornou. Mais, a grande maioria são autores de História Alternativa, tendo assim a análise crítica e a criatividade em sinergia na vossa perspectiva. Enquanto do Scientific Committee, eu espero um processo de análise das submissões, do Honors Scientific Committee o que é pedido é que seja o corpo senatorial, o fiel da balança quando existirem dúvidas, a voz conselheira.»
Este ano, e felizmente, não existiram dúvidas, pois o comité científico honorífico não foi chamado a pronunciar-se sobre as comunicações que foram propostas. E que incluem títulos e temas como: «Uso de histórias alternativas em mercadologia – Construindo melhores negócios»; «E se Ricardo Jorge não tivesse existido? Teria o Porto resistido à praga de 1899 e se desenvolvido como uma cidade moderna?»; «Como será Lisboa em 2000? As previsões de Mello de Matos em 1906»; «Pelo Rei, país e Lenine – Ficção contrafactual na primeira república portuguesa»; «Reengenharia do processo de negócio usando histórias alternativas»; «A história alternativa do Alto Palatinado – Um exemplo para novas perspectivas de história local». Na lista de oradores, conferencistas e moderadores encontram-se os nomes de Alfredo Behrens, Alice Nogueira Alves, Ana Silveira Moura, Anna Amsler, Bastian Vergnon, Catarina Martins, Cynthia Maria Montaudon, Fátima Lambert, Ingrid Nineth Pinto, João Ventura, Maria João Fonseca, Mário Mesquita, Nelson Zagalo, Paulo Luís Almeida, Pedro Amado, Rui Macário Ribeiro, Sérgio Neto, Sofia Sousa, Tiago Assis e Tomás Vieira Silva.     
As comunicações apresentadas deverão ser incluídas e publicadas, em 2022, no segundo número da revista digital Hypothesis Historia Periodical, cujo primeiro contém as de 2020 – outro projecto que surge como resultado e como (muito útil) instrumento deste grande projecto dedicado à HA e que tem tentado, e conseguido, aproximar e conciliar a vertente criativa (literária, cultural) da vertente científica. (Também no MILhafre e no Simetria.)

Sem comentários:

Enviar um comentário