Pelo
terceiro ano consecutivo a cidade do Porto vai ser a capital da história
alternativa em Portugal. E é como uma primeira vez, porque aos encontros de
2019 e 2020 sucede-se agora a Primeira Conferência Internacional «E se?» de História Mundial, que decorrerá entre 24 e 26 de Novembro na Faculdade de Belas
Artes da Universidade do Porto, com transmissão em directo e em linha. Antes, a
22, e com término também a 26, começará o evento paralelo Semana Cultural da
Hipótese-Dias da História Alternativa, que terá lugar na sala Casa Comum da
Reitoria da UP.
À semelhança
do que aconteceu nos dois anos anteriores, a realização da iniciativa é comandada
pela Invicta Imaginária, colectivo criativo responsável pelo projecto Winepunk.
E são três os comités que a superintendem: um organizador e dois científicos,
um dos quais honorífico – onde o meu nome está incluído devido à minha
participação no primeiro encontro, juntamente com os de João Seixas, Luís
Corredoura e Luís Filipe Silva, entre outros. O convite generoso e honroso
partiu de Ana da Silveira Moura, mais uma vez a principal figura e força
criadora e dinamizadora da iniciativa, que explicou em mensagem aos membros
deste comité qual será a sua função: «O Honors Scientific Committee, que vocês
constituem, é a alma que mantém o caminho integro na conferência.
Todos vocês estiveram presentes ou na primeira edição do meeting WhatIf, ou na
segunda, e moldaram aquilo no qual ele se tornou. Mais, a grande maioria são
autores de História Alternativa, tendo assim a análise crítica e a criatividade
em sinergia na vossa perspectiva. Enquanto do Scientific Committee, eu espero
um processo de análise das submissões, do Honors Scientific Committee o
que é pedido é que seja o corpo senatorial, o fiel da balança quando existirem
dúvidas, a voz conselheira.»
Este
ano, e felizmente, não existiram dúvidas, pois o comité científico honorífico
não foi chamado a pronunciar-se sobre as comunicações que foram propostas. E
que incluem títulos e temas como: «Uso de histórias alternativas em
mercadologia – Construindo melhores negócios»; «E se Ricardo Jorge não tivesse
existido? Teria o Porto resistido à praga de 1899 e se desenvolvido como uma
cidade moderna?»; «Como será Lisboa em 2000? As previsões de Mello de Matos em
1906»; «Pelo Rei, país e Lenine – Ficção contrafactual na primeira república
portuguesa»; «Reengenharia do processo de negócio usando histórias
alternativas»; «A história alternativa do Alto Palatinado – Um exemplo para
novas perspectivas de história local». Na lista de oradores, conferencistas e
moderadores encontram-se os nomes de Alfredo Behrens, Alice Nogueira Alves, Ana
Silveira Moura, Anna Amsler, Bastian Vergnon, Catarina Martins, Cynthia Maria Montaudon,
Fátima Lambert, Ingrid Nineth Pinto, João Ventura, Maria João Fonseca, Mário
Mesquita, Nelson Zagalo, Paulo Luís Almeida, Pedro Amado, Rui Macário Ribeiro,
Sérgio Neto, Sofia Sousa, Tiago Assis e Tomás Vieira Silva.
As comunicações apresentadas deverão ser incluídas
e publicadas, em 2022, no segundo número da revista digital Hypothesis Historia Periodical, cujo primeiro contém as de 2020 – outro projecto que surge como resultado
e como (muito útil) instrumento deste grande projecto dedicado à HA e que tem
tentado, e conseguido, aproximar e conciliar a vertente criativa (literária,
cultural) da vertente científica. (Também no MILhafre e no Simetria.)
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