Foi há
precisamente 10 anos – a 17 de Julho de 2006 – que eu e Luís Ferreira Lopes
fizemos a primeira apresentação do nosso livro «Os Novos Descobrimentos – Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas». A data não foi escolhida ao acaso: então assinalava-se o décimo
aniversário da criação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa… e hoje
«comemora-se» o seu vigésimo aniversário.
O lançamento
decorreu na Livraria Almedina (esta também a editora da obra) do (centro
comercial) Atrium Saldanha, em Lisboa. Contámos, na mesa, com as presenças –
que muito nos honraram – de Adriano Moreira, Carlos Pinto Coelho (entretanto falecido), Manuel Ennes Ferreira e Nicolau Santos, que não só falaram do livro
e dos temas que ele aborda(va) como também aproveitaram a ocasião para, com os
autores, fazerem uma retrospectiva do que tinham sido os primeiros dez anos da
existência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – algo que então não
foi reconhecido por um certo comentador que, este ano, foi eleito para um muito
importante cargo político.
Porém, os
defeitos e as insuficiências detectadas na actuação da CPLP na sua década
inicial são, em meu entender, insignificantes perante o que aconteceu na
seguinte – mais concretamente, a implementação do «Acordo Ortográfico de 1990» e a admissão da Guiné Equatorial, pais onde vigora um regime ditatorial, como membro efectivo; a esperança inicial
transformou-se em desilusão posterior, pelo que pouco ou nada há, da minha
parte, para celebrar. (Também no MILhafre.)
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