sexta-feira, junho 08, 2012

Orientação: Sobre mudança de regime, no Público

Na edição de hoje (Nº 8096) do jornal Público, e na página 53, está o meu artigo «Um Presidente por um Rei». É como que um pessoal exercício de geral especulação e também um pequeno guia de uma grande revolução. Um excerto: «A mudança de regime teria de ficar consagrada, logicamente, numa nova Constituição. A “da República”, que não vale o papel em que é impressa, é a prova – com o seu “abrir o caminho a uma sociedade socialista” no preâmbulo - de que as consequências da queda do Muro de Berlim em 1989 não se fizeram sentir em toda a Europa e de que uma parte da “Cortina de Ferro” continuou "erguida"… num certo país ocidental.» (Também no Esquinas (126) e no MILhafre (59). Referências: Causa Monárquica; Família Real Portuguesa; Gazeta de Viseu; Real Beira Litoral; Real Portugal; Sem Punhos de Renda.) 

11 comentários:

  1. Talvez... mas o que não sou de certeza é um anónimo cobarde como você.

    ResponderEliminar
  2. Lá porque "não me conheça", pode acreditar que eu existo. O que eu tenho dúvidas que exista é uma personagem como você, que tem a coragem de expressar no Público e (para o público) opiniões tão ridículas (podia chamar lhes outra coisa mas são só ridículas e objecto de pena) como: "todos aqueles que, enquanto deputados, votaram em 1 de Fevereiro de 2008 contra um voto de pesar pela morte de D. Carlos e D. Luís Filipe seriam proibidos, para sempre, de voltar a exercer qualquer cargo político." Mais do que a proibição fascistóide dos partidos da "oposição republicana" e seu "redesenho" monárquico, o que me perturba é esta parte, porque mostra bem o nível de intolerância do senhor.
    Uma pergunta: pelo que percebi o senhor escreve ficção. O seu plano para reactivar a monarquia envolve um exército de Pinamaniques-zombies dirigidos por um D. Duarte geneticamente manipulado em Estaline?
    Se você for, o que se chama em linguagem da net, um troll, parabéns, a sua elaboração foi muito bem conseguida. Se for um "monárquico a sério", parabéns também: o seu artigo ridicularizou a causa monárquica como nenhum outro.

    barbosaluisandre@hotmail.com

    Se precisar de ajuda diga coisas, os problemas mentais têm cura nos dias de hoje.

    ResponderEliminar
  3. «Demente», «problemas mentais»… o que é que você é? Médico psiquiatra? Mesmo que seja, não estou interessado na sua «cura», por isso pode enfiá-la num sítio que eu cá sei.

    O único «troll» aqui é você, que me entra pela «casa» adentro sem demonstrar as mais básicas noções de boa educação. Mas não vou «apagá-lo» porque: primeiro, não sou «fascistóide»… aliás, fascismo em Portugal aconteceu na República, não na Monarquia; segundo, porque quero que os seus «comentários» fiquem gravados para a posteridade – como exemplo dos muitos atrevidos imbecis e, sim, intolerantes, que infestam este país e que o debilitam.

    Num aspecto, porém, você tem razão: eu tenho «coragem para expressar» as minhas opiniões, aquilo em que acredito, e que posso explicar com lógica, racionalmente. É claro que para si, e para muitos outros medíocres, essas opiniões são «ridículas» porque vocês estão tão habituados, e conformados, com as situações anedóticas, infames e ofensivas que se tornaram «normais» em Portugal que qualquer alternativa um pouco mais «radical» vos surge como algo de inconcebível, de incompreensível. Pelo que o problema é seu, a deficiência é sua.

    E se ainda tem dúvidas que exista «uma personagem como eu», podemos fazer o seguinte: ocasionalmente, eu participo em eventos públicos como orador – apresentação de livros, colóquios… É uma questão de você estar atento e de saber o próximo em que estarei presente (costumo anunciá-lo previamente neste blog)… e de aparecer. E, se conseguir, dizer-me o que tem a dizer cara a cara.

    ResponderEliminar
  4. A História de Portugal para si começa e acaba onde lhe dá jeito: então não houve monarquia absoluta? Havia eleições no regime monárquico? Eram democráticas? Votavam todos os portugueses? Não havia corrupção nesse tempo? A situação financeira e económica na altura era maravilhosa? Foram os Reis de Portugal os "revolucionários" da nossa história, que aboliram a escravatura, o regime medieval, instauraram a democracia e o SNS?

    Reafirmo o que disse: quem diz que quer "limpar" o que foi eleito democraticamente e existe por iniciativa própria não merece outro nome que... triste (nem fascistóide é). Proibir pessoas de exercer cargos públicos por serem contra um voto de pesar é intolerância pura e cega - um atentado à liberdade de expressão. Que também é um conceito curioso em si: a causa monárquica é para si santa e imaculada, mas os símbolos republicanos não (acho até que algumas ofensas que fez a estes são crime pela lei portuguesa; com sorte alguém leu o seu artigozinho e fez uma queixa), bem como opiniões políticas mais a esquerda (os tais que convivem com ditadores... Paulo Portas e Sócrates devem se estar a rir de si neste momento).

    Classifica com "um pouco mais radical" a sua opinião. Concordo! Acho a sua opinião extremamente fundamentada e plausível... as prisões, denúncias e mudanças forçadas são pormenores! Assim como o apoio dos portugueses as mesmas! Sim, falta um pouco de fantasia na sua opinião.

    Quanto ao resto, faça o que entender. Apague, censure... eu não vou perder mais tempo com o seu "caso".

    Continuação e muito sucesso! Você vai conseguir... nesta ou noutra dimensão paralela.

    ResponderEliminar
  5. E porquê esperar que alguém, qualquer outra pessoa, por «sorte», leia o meu artigo e faça queixa de mim às autoridades (in)competentes? Vá lá, não hesite, faça você isso mesmo! Vai ver que é capaz de se sentir melhor depois de ter cumprido a sua obrigação de «bom cidadão». Ou, por outras palavras, de ter continuado essa tão ancestral tradição nacional de bufaria, que atingiu o seu auge com a PIDE/DGS… durante a segunda república. Lamento «desiludi-lo», mas não existem «símbolos republicanos» que estejam acima da minha liberdade – e direito, e dever – de expressão.

    Enquanto decide, aconselho-o a consultar alguns livros de História… você não tem mesmo noção das figuras tristes que faz, pois não? Na Monarquia Constitucional, que era democrática, obviamente que existiam eleições, nas quais votavam muito mais pessoas do que nas realizadas a seguir ao 5 de Outubro de 1910 – aliás, os republicanos chegaram ao ponto de promulgar uma lei que proibia o voto das mulheres! E, sim, foi ainda no século XIX que foi abolida a escravatura e a pena de morte; não existia censura prévia; e o Partido Republicano tinha existência legal (imerecida, pelo que aconteceu depois), elegia deputados para o parlamento e chegou a conquistar algumas câmaras municipais, como a de Lisboa!

    E, decididamente, você tem dificuldades a ler… onde é que, no meu artigo, eu apelo a que se prendam pessoas? Só falta agora acusarem-me de que eu incito à violência, à agressão ou até mesmo ao assassinato! Se não se importar, não me confunda com um republicano! Acaso acredita que o Buíça e o Costa eram monárquicos?

    ResponderEliminar
  6. Não se preocupe que vão tomá-lo por maluquinho e ninguém se vai importar. Só acho irónica a sua dualidade de critérios e a forma com quer impor "grandes mudanças" (ainda não explicou como). Então foram os Reis que fizeram essas revoluções todas? Não foram movimentos cívicos, deputados liberais (muito deles pouco monárquicos - já leu Eça? Leu alguma das crónicas da época?), não vieram essas revoluções do "estrangeiro"? Então o regime monárquico no fim de século XIX era o paraíso na Terra?

    Não respondeu a nenhuma destas questões e duvido que responda: porque para si pouco interessam os factos. Não havia censura na monarquia diz você... Os esqueletos dos intelectuais dessa época estão a rir em coro nas campas. Vá estudar homem! Parece um comunista a falar da Albânia!

    Então um senhor de bigode, D. Duarte de seu nome, ou outro senhor qualquer, havia de ser rei e "estar acima" do que qualquer outro cidadão do país? Não nascem todos os homens iguais em direitos e deveres? Há homens abençoados por Deus e outros não? De onde vem o direito de alguém a ser rei?

    Imagino o que pensa de outras coisas...

    Já agora, os portugueses têm um amor pela ideia de monarquia... Olhe a sua volta e vai ver que os monárquicos se resumem a uns betinhos saudosistas da linha de Cascais

    PS: mande-me enfiar coisas num sítio que você sabe que eu não tenho nada contra sodomia com palavras. Que educado que o senhor é...

    ResponderEliminar
  7. Pelo que vejo, você é o único aqui que questiona as minhas capacidades intelectuais («maluquinho», «problemas mentais», «demente…») Queixa-se da minha (suposta) má educação (não percebi essa referência à «sodomia»…), mas foi você quem começou por me insultar. «Ninguém se vai importar»? Bem, você importa-se, e muito… se não se importasse decerto que não insistia em despejar disparates neste meu espaço. Nada mais tem para fazer? É que eu tenho, e está a fazer-me perder tempo… E é você que, na verdade, precisa de estudar… porque, nitidamente, não conhece (mais, receio, por estupidez do que por ignorância) os episódios mais marcantes da História de Portugal…

    … Em que, sim, os Reis foram os protagonistas de revoluções. Exemplos? Logo para começar, D. Afonso Henriques, que criou este país. D. João I, que assegurou a sua independência e continuidade. D. João II, que liderou os Descobrimentos e a Expansão, e fez Portugal entrar na modernidade. D. João IV, que restaurou a independência. D. Pedro IV, que comandou um exército, triunfou numa guerra civil, terminou o absolutismo e instituiu a Carta Constitucional, base de uma Monarquia democrática – similar às que existiam na época em outros países europeus – que durou quase oitenta anos. Aquela não era, sem dúvida, um «paraíso na Terra»; porém, apesar das suas imperfeições, foi um Éden comparado com o inferno que se instalou a seguir ao golpe de 5 de Outubro de 1910…

    … Onde os jornais, que não eram favoráveis a tudo o que Afonso Costa e os seus facínoras faziam, eram ou censurados ou destruídos. Antes, o pior que acontecia era que algumas edições fossem apreendidas quando se abusava das difamações contra a família real e os políticos; depois, tudo voltava ao normal… Acha que alguém como Rafael Bordalo Pinheiro poderia ter criado e divulgado aquelas sátiras violentíssimas se existisse uma censura permanente e acirrada?

    Quanto àquelas perguntas tão «profundas», indignadas… e idiotas, sobre «de onde vem o direito de alguém ser Rei», «estar acima de outro cidadão», «uns abençoados por Deus e outros não», limito-me a apontar-lhe o que acontece em países como o Reino Unido, Espanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Canadá, Austrália, Japão, onde os seus habitantes, «coitados», vivem «miseravelmente», sempre revoltados e a protestar contra as «desigualdades» e os «abusos» dos que «estão por cima»… «Tadinhos», tão infelizes, tão «subdesenvolvidos» que eles são… ;-)

    Enfim, não é de surpreender que «cromos» como você, tão ridículos, tão patéticos, sem factos e sem argumentos, acabem a repetir, a «papaguear» os já estafados clichés, as já gastas frases-feitas como a de que os «os monárquicos se resumem a uns betinhos saudosistas da linha de Cascais». Informe-se, e descobrirá que existem Reais Associações por todo o país. Quanto a mim, asseguro-lhe que não sou betinho, nem saudosista, nem resido na linha de Cascais. E, se fosse, qual era o problema? É crime? Seria um «cidadão de segunda» por causa disso? E antes ser um «betinho saudosista» do que um «súcia-lista» sacana envolvido em todo o tipo de trafulhices!

    ResponderEliminar
  8. diga-me lá quantos países que se tornaram repúblicas voltaram a ser monarquias (Espanha não conta porque esteve em guerra civil constante...)? e que poder tem os reis nesses países? é que não tem nenhum, o contrário do que você quer na sua crónica...
    Pergunto, eduque-me, ilumine esta pobre alma: que vantagem teria trocar um presidente por um rei? Ah pois é! Você também quer ums "limpeza" do espectro político, que democrático que é...

    (ps: Canada, Austrália... e mais uns quantos têm a mesma rainha totó! Assim não vale. Vá lá ver os planos desses países para chefe de estado quando a Isabelinha morrer e vai ter um surpresa)

    ResponderEliminar
  9. Não é tão «bom» ser uma «criança grande», ser imaturo e irresponsável, querer «jogar» tentando adaptar continuamente as «regras» às conveniências próprias e momentâneas, fazer desaparecer, como se não existisse, aquilo que não é agradável?

    Pois é, tenho uma «novidade» para si: o caso de Espanha «conta» mesmo, os casos do Canadá e da Austrália «valem» mesmo. Porque estes três povos se pronunciaram sobre o regime – algo que aos portugueses nunca foi permitido – e a favor da Monarquia… valem menos do que os outros? Experimente dizer a um espanhol, a um canadiano ou a um australiano que os seus sistemas políticos «não contam, não valem». Por mais birras que você faça, eles existem, e os respectivos povos estão satisfeitos com eles. Que «chatice»!

    E, não, não vou «educá-lo» mais, não vou «iluminá-lo» mais do que já fiz. Se quiser, leia novamente o meu artigo, leia outros meus, e aprenda por sua conta. Mas ainda bem que admite que é uma «pobre alma», que reconhece que é um zero à esquerda, que não tem capacidade – nem vontade – para mais. Não é grande coisa, mas já é um começo.

    ResponderEliminar
  10. Duas perguntas então:

    - Que vantagem tem a monarquia constitucional em relação a república?

    - Há algum interesse em fazer um referendo à república se os partidos monárquicos não conseguiram eleger um único deputado em anos, não tem peso significativo na sociedade nem apoio da população em geral?

    ResponderEliminar