Na edição de hoje (Nº 7793) do jornal Público, e na página 29, está o meu artigo «Reconquistar Portugal». Um excerto: «É de perguntar se aqueles a quem foi atribuída a tarefa de “vender” o nosso país ao estrangeiro não a terão entendido de um modo… demasiado literal. Não é inevitável que para publicitar Portugal se tenha de “meter na gaveta” o amor-próprio (individual e colectivo), a noção de dignidade, o orgulho patriótico… e o sentido do ridículo. No entanto, são já demasiados os exemplos desse tipo de “conversão”.» (Referência também no Esquinas (98) e no MILhafre (37).)
Adorei o seu artigo "Reconquistar Portugal". Faço notar que o "PÚBLICO" nada tem publicado do que se segue:
ResponderEliminarINTEGRAÇÃO NA LUSOFONIA
Só no dia 8 de Junho de 2011 a RTP, no "Portugal em Directo",
mostrou a boa reportagem que fizera em Olivença no dia 28 de Maio de
2011. Sirva de desculpa o período eleitoral que se vivia então em
Portugal. Afinal, os oliventinos só querem ser ouvidos, sem
discriminações.
"A língua de Camões fala-se ininterrompidamente em Olivença desde
finais do século
XIII". Estas são palvras do Presidente da Associação Além Guadiana, o
já citado Joaquín
Fuentes Becerra, "Este o mais importante legado português. Até meados
do século XX, 150
anos após a mudança de nacionalidade, a língua maioritária era o
Português, apesar de não
ter tido qualquer apoio institucional". Becerra acrescenta que, hoje
em dia, para além de
conservada pelos mais velhos, a língua portuguesa já está a ser
ensinada nas escolas.
"Estamos no caminho correto, mas faz falta uma aposta mais forte para
que a língua
portuguesa não se perca em Olivença. A língua é tudo". E, sem abordar
aspectos políticos,
Becerra reclama para a localidade a sua "INTEGRAÇÃO NA LUSOFONIA".
Parece que algo de novo, e talvez um tanto inesperado, está a
surgir no espaço
lusófono. Ignorá-lo, fingir que não existe, começa a ser impossível. E
insuportável!
Estremoz, 16 de Junho de 2011
Carlos Eduardo da Cruz Luna (FIM)..
OUTRO TEXTO/NOTÍCIA:
ResponderEliminarUMA NOITE PARA RECORDAR
Era uma noite calma. Quinta-feira, 21 de Julho de 2011, à noite. Um
palco montado a meio da rua. Rua dos Saboeiros. Calle Bravo Murillo,
oficialmente.
O enquadramento do palco era belo. Um velho nicho, caiado de
branco, que outrora albergou um qualquer santo ou santa. Talvez em
nome de um ofício. Quiçá de uma qualquer devoção, pessoal ou
colectiva. Talvez em memória de algo. Ou de coisa nenhuma. Fé,
certamente. Como sabê-lo?
Meia rua, defronte do palco, cheia de cadeiras, com algumas mesas,
uma ou outra reservada para as autoridades locais e autárquicas, tudo
em frente do Bar promotor do evento, o "Pub Limbo". O espectáculo,
alentejanamente, recebeu o nome de "Luar na Chuné". "Chuné"
alentejana, visível, com o luar a bater-lhe. E o nicho, com enfeites
barrocos. Também com a Luar a bater-lhe.
Nas cadeiras, sentou-se muita gente. Esmagadoramente locais. E esperou-se.
Não muito. Toy (António) Faria, de Elvas, começou a cantar o
primeiro fado. E continuou com o segundo. Depois, a voz forte de
Patrícia Leal. Uma surpresa. Da Azaruja. Uma voz igual às melhores.
Por fim, João Ficalho, de Borba. Cantando.... mas também, e sempre,
tocando viola. Acompanhando também os outros.
Só um não cantou. João Esquetim, de Portalegre, creio. Mas... era
ele que dava o som ao fado. Som que tirava da Guitarra portuguesa.
Momentos surpreendentes. Principalmente quando um fadista, Toy
(António) Faria, fez um apelo ao público para que o acompanhasse. E
ele assim fez. Uma e outra vez, entoando "Canto o Fado".
Outro momento alto. Patrícia Leal cantou "Por uma Lágrima".
Dificuldade e responsabilidades acrescidas. Um primor de execução!
Todos estiveram bem. Cantores, público, organizadores. Com destaque
para a Associação local "Além Guadiana". Que teima. Lutando contra o
silêncio, a apatia, a indiferença. Porque a cultura lusitana está ali,
e é de todos. Evitando interferências políticas ou questões delicadas.
Mas está presente.
Foi uma noite de fados em Olivença. Essa localidade incómoda. Mas
com uma grande personalidade!
Estremoz, 26 de Julho de 3011
Carlos Eduardo da Cruz Luna(carlosluna@iol.pt//Caedlu@gmail.com
LANÇAMENTO DAS SEGUNDAS LUSOFONIAS NA "CASA O ALENTEJO" (12-Maio dwe 2011)
ResponderEliminarO Além Guadiana" não hesitou em avançar para uma nova edição de
Lusofonias, e tratou de fazer a sua divulgação na "Casa do Alentejo",
em 12 de Maio de 2011. A Imprensa portuguesa, ainda que convocada, não
compareceu em grande medida, cm excepção da Agência Lusa, que publicou
um excelente artigo sobre este grupo de oliventinos. São dessa
notícias as informações que se seguem.
«A associação 'Além Guadiana' apelou hoje a um maior apoio do
Estado português e das diversas instituições ligadas à cultura, para
"manter acesa a
chama" da língua portuguesa em Olivença.
"Falta apoio português. Não só do Estado, mas também das instituições
e dos media. Os
meios de comunicação social portugueses deveriam ir a Olivença ver as
coisas de outro
prisma", afirmou Eduardo Machado, que aproveitou para sublinhar que o
'terreno' da
associação "é apenas a cultura".
"Queremos tratar as coisas com naturalidade. Respeitamos todas as
posições, mas o nosso
terreno é a cultura", afirmou, referindo-se às rivalidades e preconceitos ainda
existentes e à necessária mudança de mentalidades, sublinhando: "O
português em Olivença
não é uma língua estrangeira".
O responsável falava na primeira iniciativa pública da 'Além Guadiana'
em Portugal, que
decorreu na Casa do Alentejo, em Lisboa, e serviu não só para fazer um
balanço dos três
anos de atividades desta associação sem fins lucrativos mas também
para apresentar a
segunda edição do festival 'Lusofonias', que decorrerá em Olivença nos
dias 28 e 29 deste
mês.» (Fim da citação da Lusa).
E, na verdade, o novo festival de Lusofonias, de dois dias,
decorreu em 28 e 29 de Maio de 2011.