… Sim, eu
sei, (ainda) custa a acreditar, mas é verdade: Jorge Candeias, recordo, decidiu
escrever e publicar no seu blog A Lâmpada Mágica (e divulgar no seu Twitter,
Scoop, e, eventualmente, Facebook) outro texto sobre mim e sobre um livro meu.
Mais correcta e concretamente: outro texto a insultar-me e, desta vez, a denegrir «Espíritos das Luzes». Agora fê-lo de uma forma «desenvolvida» -
estúpida, mas «desenvolvida» - mas antes tinha como que «anunciado» o que aí
vinha (e como então fiz notar) na sua (lacónica e literal) «crítica» de m*rd* no GoodReads, e no balanço das suas «leituras de 2015», em que fui «distinguido»
com a (dúbia) «honra» de ter sido o autor do «pior» livro que o «poltrão de
Portimão» leu no ano passado – sim, exactamente, o «Espíritos…» - e de ainda
ter «ganho» como que uma «menção (des)honrosa» com «A República Nunca Existiu!»
Dir-se-ia que o gajo está obcecado, e não de uma forma saudável.
Porém, um
facto fulcral mantém-se inalterável: o «tormento do Barlavento» não leu
«Espíritos das Luzes» na sua totalidade, pelo que a nova «apreciação» que agora
fez dele também não tem qualquer consistência, qualquer credibilidade, qualquer
validade. E – soube-se neste mais recente e raivoso arrazoado – ele mentiu ao
ter dito (escrito) que «resisti um capítulo». Afinal, nem isso, porque, como
agora admitiu, fechou «definitivamente» (?) o livro na página 36… e o primeiro
capítulo, «Lustrosos regimentos», vai até à 48! No entanto, não surpreende que
falte – descaradamente – à verdade alguém que é um esquerdista (extremista),
faccioso, invejoso, (também por eu ter publicado dois livros de minha autoria
na Saída de Emergência, onde ele nunca passou de tradutor?), defensor e
impos(i)tor do fascismo ortográfico, adepto de todas as (falsas) «causas
fracturantes», imerso no seu deficiente e deprimente mundo de fantasia
delimitado pelas leituras do Esquerda.net e das colunas de Paul Krugman no New York Times. Afinal, quem é que é «anão» e «patético»? Uma pista: não sou eu.
E o que é que
está na página 36 que é tão intolerável, que revela uma tão insuportável
«incoerência»? Tão grave que faz da minha obra «puro lixo» e o abate de «pobres
árvores» necessárias para produzir o papel para a imprimir algo ofensivo, quiçá
criminoso? O seguinte excerto: «Esta
nação (…) tornou os súbditos por igual dependentes do
trono e possuidores dos mesmos privilégios. Pequenina, portanto, mas autónoma,
e como se sozinha atentasse à segurança e à grandeza da Europa, enquanto esta
se dilacerava nas suas divisões, os portugueses conquistavam as costas de
África; descobriam os mares e os desertos daquela região inculta; abriam a
navegação até às Índias Orientais; ali faziam potentes diversões ao ímpeto dos
turcos; talvez fornecendo as luzes, de onde outros se aproveitaram com maior
sucesso; acrescentavam a quarta parte à Terra (…).»
Segundo JC, esta passagem está em contradição com o conceito de Portugal como
planeta e o de Europa como sistema solar… mas, na verdade, não: então um
planeta não pode albergar uma só nação, e não há tantos exemplos disso na
literatura de FC? Então as divisões no «sistema solar Europa» não podem ser
políticas e militares? África não pode ser, precisamente, outro sistema solar,
cujos planetas possuem desertos, costas e mares? As Índias Orientais não podem
ser… sim, outro sistema? E, não, não perguntem ao «alarve do Algarve» o que é a
«Terra» neste cenário, neste contexto… perguntem-me, que eu respondo:
obviamente, é uma galáxia.
Igualmente risíveis são as insinuações – ou mesmo
acusações – de falta de «decência» e de «ética» por eu me assumir como único
autor de uma obra que inclui textos de outras pessoas… Repare-se no ridículo:
sendo os citados cerca de 20, seria (muito) difícil – para não dizer impossível
– inserir os nomes de todos na capa e na lombada… Efectivamente, trata-se de
mais uma idiotice do tradutor do idiota: pense-se nos artigos académicos,
científicos, que invariavelmente incluem muitas (dezenas?) de citações. Acaso
os citados são indicados como autores? Claro que não, só quem faz as citações.
«Espíritos das Luzes» pode, por isso, ser também entendido, nessa perspectiva,
como um «artigo em forma de romance»… que não deixa de mencionar, com rigor, e homenageando,
os autores, e as fontes, das citações.
Elucidado? Entendido? Esclarecido? Ou acaso precisam de (outro)
explicador?
«Coitado» do Candeias: tanto esforço, tanta «ginástica
mental», tanto trabalho, tanto «torce, e retorce, e volta a retorcer» para (tentar)
justificar a sua cobardia, a sua demagogia, a sua fraqueza, a sua incapacidade,
a sua inferioridade, a sua preguiça… para nada! Ou para se tornar (novamente) um motivo de chacota... «Abandonado», o meu «Espíritos
das Luzes»? Se é para ser «albergado» por gente desta laia antes só do que mal
acompanhado, antes «perdido» do que «achado»!
Todavia, devo, sinceramente, agradecer a JC o facto de
ter comprado um exemplar… para (desistir de o) ler (após) cerca de 10% das suas
páginas – porque, indirectamente, acabou por me pagar (não muito, infelizmente,
porque os rendimentos resultantes dos direitos de autor não são grande coisa).
Foi um «favor» que não tenho qualquer intenção de retribuir. Contudo, o que ele
podia e devia fazer, quanto mais não fosse para não dar por perdido o «rico dinheirinho»
despendido, era voltar a tentar, envidar um esforço suplementar, e ler mais (de
preferência todo) o meu livro. Talvez, quem sabe, encontrasse uma passagem, um
excerto, uma citação que realmente colocasse em causa a premissa que estabeleci
para o meu romance – isto é, que verdadeiramente a colocasse em causa, porque a
que agora apresentou como «prova» não serviu para isso, como demonstrei. Sim, é
pouco provável que isso acontecesse… mas porque não experimentar? Pensa nisso,
Jorge! «Força»! Não te dês por vencido! «Estamos» contigo! Ou não… ;-) (Também no Simetria.)