segunda-feira, abril 30, 2012

Olhos e Orelhas: Primeiro Quadrimestre de 2012

A literatura: «Aventuras Misteriosas I - O Segredo Templário», «(...) II -  O Anão de Vasco da Gama» e «(...) III - Três Fantasmas, Duas Revoluções», Sérgio Franclim; «Presa» e «Próximo», Michael Crichton; «Estórias Abensonhadas», Mia Couto;  «A Mamã Nunca me Disse», Babette Cole; «Por detrás da luz» e «Um homem e o seu gato (ou) O Céu dos gatos é o Inferno dos pardais», João Barreiros.
A música: «Progressed», Take That; «Luís Represas e João Gil», João Gil e Luís Represas; «(The) Smile (Sessions)», Beach Boys; «O Agora», Sandra Fidalgo; «No Line On The Horizon», U2; «Fado em Mim» e «Terra», Mariza; «Obscured By Clouds», Pink Floyd;  «Leopoldina Apresenta Clássicos Infantis Interpretados por...», Áurea, Camané, Clã, Cool Hipnoise, GNR, Jorge Palma, Rui Pregal da Cunha, Rui Veloso, Sérgio Godinho, e outros; «20 Original Hit Songs of 1964», Andy Williams, Aretha Franklin, Doris Day, Elvis Presley, Pete Seeger, Roy Orbinson, Tony Bennett, Vic Damone, e outros.
O cinema: «Panda do Kung Fu 2», Jennifer Yuh; «Eu Não Estou Aí», Todd Haynes; «Queimar Após Leitura», Ethan Coen e Joel Coen; «Capitão América - O Primeiro Vingador», Joe Johnston; «As Vidas dos Outros», Florian Henckel Von Donnersmarck; «Dança dos Vampiros (ou) Os Destemidos Matadores de Vampiros (ou) Perdoe-me, Mas os Seus Dentes Estão no Meu Pescoço», Roman Polanski; «Homem no Interior», Spike Lee; «Taça de Lata», Ron Shelton; «Harry Potter e as Alfaias Mortais - Parte 2», David Yates; «A Ténue Linha Encarnada», Terrence Malick; «MegaMente», Tom McGrath; «Mal Residente - Apocalipse», Alexander Witt; «Sucedâneos», Jonathan Mostow; «O Discurso do Rei», Tom Hooper; «A Tomada do Pelham 123», Tony Scott; «Sete Libras», Gabriele Muccino; «Gomorra», Matteo Garrone; «Atalho de Meek», Kelly Reichardt; «A Coelhinha da Casa», Fred Wolf; «Amor Doido e Estúpido», Glenn Ficarra e John Requa; «Dot.com», Luís Galvão Teles; «As Operações SAAL», João Dias; «Beijos e Balas», Robert Luketic; «Carros 2», John Lasseter; «Fome», Steve McQueen; «Poseidon», Wolfgang Petersen; «Amália», Carlos Coelho da Silva; «As Noites Brancas», Luchino Visconti; «As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne», Steven Spielberg; «Rango», Gore Verbinski.
E ainda...: Biblioteca Nacional de Portugal - Exposição «Das Partes do Sião» + Mostra «A biblioteca de um escritor finissecular - Fialho de Almeida (1857/1911)» + Mostra «Charles Dickens em Portugal» + Exposição «Três Movimentos da Letra - O Desenho da Escrita em Portugal»; (Revista) Rumo Nº 1; «Lost» (último episódio); Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - Prémios e Homenagens Sociedade da Informação 2011; Sociedade Euterpe Alhandrense - Carnaval de Alhandra 2012; Câmara Municipal de Vila Franca de Xira - Cartoon Xira '11 + Boligán/Espelho de Tinta; Museu do Neo-Realismo - Exposição «Alves Redol e a Fotografia»; FNAC Chiado - Exposição «GodSpeedPinto/Ilustrações de João Maia Pinto».

sábado, abril 28, 2012

Orientação: Sobre o AN e a BN, n’O Sul

Na edição de Abril (Nº 21) de 2012 do jornal O Sul, e na página 6, está o meu artigo «De “A” a “B”: ABN/TT». Um excerto: «Pelo que se justificaria inteiramente proceder-se à integração, à fusão, do Arquivo Nacional/Torre do Tombo com a Biblioteca Nacional, criando-se assim… o Arquivo e Biblioteca Nacional/Torre do Tombo. Seria uma união institucional com evidentes vantagens em termos de eficiência e de eficácia, de eventual aumento de capacidades e de racionalização de custos. Mas não só: dadas as actuais localizações de ambas, em Lisboa, a pouca distância uma da outra, poder-se-ia pensar seriamente em também uni-las fisicamente.» (Também no Esquinas (123) e no MILhafre (58).)

segunda-feira, abril 23, 2012

Opções: Não comprar livros com AO90

Hoje, Dia Mundial do Livro, e véspera da abertura da Feira do Livro de Lisboa 2012, é o momento adequado para, mais uma vez, apelar a que não se compre livros escritos e/ou impressos segundo o abominável «acordo ortográfico de 1990». O boicote a obras deformadas e deturpadas é uma das principais formas, e talvez a melhor, de combater aquele «aborto»; quanto mais forem os leitores que o fizerem maior será a probabilidade de os escritores e/ou as editoras que renunciaram à dignidade e à sensatez retrocederem na sua conduta reprovável e ridícula… porque ver-se-ão afectados onde «dói mais», isto é, na carteira, no cofre e na conta bancária.
Neste âmbito, destaque pela positiva vai, entre outros, para Guilherme Valente: o fundador da Gradiva – que faz jus ao seu apelido! – não só subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico como disponibilizou os espaços da sua editora na Feira do Livro para a recolha de assinaturas a favor daquela iniciativa; é mais um motivo para uma visita aos pavilhões B19, B56, B58 e B60. Entretanto, também a Relógio d’Água se juntou à iniciativa, pelo que se deve igualmente visitar os pavilhões A73, A75, A77, A79, A81, A83, A85 e A87. E ainda a Zéfiro (D50), que edita a revista Nova Águia e a colecção de livros com o mesmo nome.
Enfim, e para além daqueles que já mencionei aquando de anteriores feiras e Natais, eis alguns novos livros, de amigos, cuja aquisição eu recomendo: «Compêndio de Segredos Sombrios e Factos Arrepiantes» e «O Homem Corvo», David Soares; «Nova Teoria do Mal», Miguel Real; «A Última Sessão – A Edição dos Textos Malditos de Luiz Pacheco», Pedro Piedade Marques; «Convergência Lusófona – As Posições do MIL/Movimento Internacional Lusófono (2008-2012)», (coordenação de) Renato Epifânio; «A Cidade dos Sonhos», Sérgio Franclim (e Sandra Hormiga). (Também no Esquinas (120) e no MILhafre (56).)

segunda-feira, abril 16, 2012

Oráculo: «Um Novo Portugal» em 2012

O meu livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País» vai ser editado em 2012, possivelmente no mês de Junho, pela editora Fronteira do Caos. Consiste numa colectânea dos meus melhores, mais importantes artigos de opinião escritos e publicados desde 1986 – são, pois, 25 anos, um quarto de século de reflexões sobre esta Nação que é (ainda) a nossa. Incluirá, entre outros, «Lisboa: importância capital», «O Estado assassino», «A República das Laranjas» (sobre Aníbal Cavaco Silva), «Contra a Europa», «Expo dos Pequeninos?», «Mestre, Profeta, Santo» (sobre Agostinho da Silva), «Sem pejo» (sobre Jorge Sampaio), «E o nome do novo aeroporto de Lisboa deve ser…», «Hoje não é Dia de Portugal», «Os anéis e as quinas», «E o “Prémio Miguel de Vasconcelos 2008”…» (sobre José Sócrates), «Sob a bandeira arco-íris», «Palavras de honra», «Em 2010, “não” a 1910, “sim” a 1810!», «Reconquistar Portugal», e «”Velho do Restelo”, e com muito orgulho!». Mais pormenores e novidades literárias para breve.

sábado, abril 14, 2012

Obras: «Segundo Ultimatum Futurista»

«(…) Hoje, 14 de Abril de 2017, quero fazer, e vou fazer, um Segundo Ultimatum Futurista. O primeiro, de que acabaram de ouvir um excerto, foi feito há exactamente 100 anos, e aqui mesmo, nesta cidade de Lisboa, neste local, neste teatro. (…) Mas por quem? Por José Sobral de Almada Negreiros. Muitos dos que me escutam agora provavelmente não sabem quem ou o que é que ele foi. Eu digo-o: foi um dos maiores nomes da cultura portuguesa contemporânea, mais ou menos recente. (…) Porém, há uma diferença grande, enorme, assinalável, entre esse primeiro Ultimatum e o segundo que eu agora, modesta mas ousadamente, me permito apresentar. O de Almada dirigia-se, e isso estava evidente, patente, no seu título original, “às Gerações Portuguesas do Século XX”. Obviamente, o meu, se fosse assumido como uma genuína continuação, teria de ser dirigido “às Gerações Portuguesas do Século XXI”. Só que há um pequeno, um menor, um insignificante problema… e, sim, já devem ter percebido que estou a ser irónico. Sem dúvida que estamos no Século XXI… Mas de certeza que não se pode dizer que existem, verdadeiramente, Gerações Portuguesas. (…) É como se o Estado, e através dele a Nação, preconizasse e premiasse a sua própria eliminação… é como se uma eutanásia generalizada estivesse em curso! Isto para além daquela específica, obrigatória, para quem tem mais de 80 anos e não pode pagar os seus medicamentos… A matança, entretanto, dispõe de um arsenal cada vez maior, diversificado e sofisticado: à semelhança dos camiões de recolha de sangue, foram construídos camiões especiais, autênticas clínicas sobre rodas, que percorrem o país visitando escolas onde a alunas que engravidaram são feitos abortos ao vivo e sem anestesia, transmitidos em directo no canal de televisão do Ministério da Educação, nas aulas de Biologia e de Ciências da Natureza, e que proporcionam bonificações na avaliação final, no que constitui sem dúvida uma forma avançada, e mesmo vanguardista, de pedagogia… (…) Entretanto, e tendo também como pretexto o aumento da violência, em Portugal já não são só os arguidos, suspeitos, detidos, culpados, que têm de usar pulseiras electrónicas: todos os cidadãos a partir dos 18 anos, portadores de número de identificação fiscal, têm de o fazer! É um substituto do CU, do dito “cartão único”, o “cartão de cidadão”, que aliás já tinha um chip incorporado. “É para o nosso bem, para a nossa segurança”, dizem os nossos governantes, “para estarmos permanentemente localizáveis e contactáveis”. (…) Assim, todos os portugueses estão prisioneiros do, e no, seu próprio país. Todos os que não se foram embora, todos os que ficam, que o querem e o permitem, obviamente… para esses Portugal tornou-se uma autêntica e enorme prisão! Mas uma prisão que constitui um estímulo à economia nacional: a fabricante destas pulseiras é a mesma dos computadores Magalhães, e como estes deixaram de ser encomendados e produzidos, havia que dar àquela companhia alguma compensação, coitados… (…)»
Acima estão excertos do meu conto «Segundo Ultimatum Futurista», que escrevi entre Setembro e Outubro de 2011 após ser convidado (um mês antes do final do prazo) por Rogério Ribeiro a participar na «Antologia de Ficção Científica Fantasporto» que aquele estava a organizar, e que viria a ser editada já neste ano de 2012 pela 1001 Mundos/LeYa – que, recorde-se, também editou o meu livro «Espíritos das Luzes». Porém, alegando que esta minha prosa curta é «mais panfletária do que especulativa» e, a ser incluída na antologia, a «desenquadraria», o organizador recusou-a liminarmente, isto é, sem me dar a oportunidade, a alternativa, de lhe fazer alterações. No entanto, acredito que não haveria qualquer motivo para isso, porque continuo convencido de que cumpri com o estabelecido no regulamento: «São aceites contos inéditos, em língua portuguesa, com reconhecíveis elementos de Ficção Científica. Tratando-se de um género vasto, que transcende definições simples, os critérios de avaliação serão baseados em três pilares: ambiência, carácter especulativo e criatividade. (…) A extensão máxima de cada conto a concurso será de 75.000 caracteres (incluindo espaços). (...) A par dos contos a concurso seleccionados, a Antologia conterá também contos de autores convidados, nacionais ou estrangeiros (pode-se, pois, deduzir que, se respeitassem os termos do regulamento, os contos dos autores convidados não seriam sujeitos nem a concurso nem a selecção).»
Assim, foi-me retirada a possibilidade de fazer parte do programa do Festival Internacional de Cinema do Porto, e ainda por cima num ano em que se assinalaram os 30 da estreia de «Blade Runner» (um dos meus filmes favoritos), os 120 da morte de Bram Stoker, e se homenageou Ed Wood; e foi-me retirada a possibilidade de ser editado, pela primeira vez, no Brasil. Entretanto, agora posso revelar que, sim, foi por causa da minha exclusão da «Antologia Fantasporto» que me excluí, que não compareci, ao Fórum Fantástico 2011, onde esteve prevista a minha participação enquanto orador – porque não aceitei que a mesma pessoa decidisse que, dentro da mesma área, eu tenho competência para uma tarefa mas não para outra.
Não quero colocar em causa, de modo algum, os contos incluídos na antologia e os seus autores, alguns dos quais conheço pessoalmente e que tenho como amigos. Para todos eles vão os meus sinceros parabéns. Todavia, eu, enquanto autor, não estou junto deles porque alguém não teve para comigo um comportamento correcto. Que eu, enquanto organizador (e não só), sei que tenho: os convites que fiz para «A República Nunca Existiu!» não constituíram um concurso dissimulado, e só não participou quem não quis. A «culpa» deve ser minha, porque pensava que a noção de «convite» que tinha era consensual.    
Apesar do que me aconteceu, continuo a pensar, tal como escrevi no meu artigo «A nostalgia da quimera», que todas as controvérsias no âmbito da FC & F portuguesa (e não só) são salutares. Porque são sempre reveladoras. E porque é sempre preferível a honestidade à hipocrisia. (Também no Simetria; referência no Ouroboros Lair.)
(Adenda – RR prossegue a sua campanha de mistificação… isto para não usar outra palavra começada por «m». A única coisa com que eu «concordei», que registei, foi que seria possível que nem todos os contos dos autores convidados fossem incluídos. Obviamente… se não obedecessem aos critérios de avaliação estipulados no regulamento, cujos «contornos» são nítidos. Eu obedeci ao regulamento.)

domingo, abril 08, 2012

Outros: Artigos contra o AO90 (Parte 3)

«O cumprimento da lei visto por Gabriela Canavilhas», «Acordo ortográfico? Mas qual deles? Ou você ainda julga que existe apenas um acordo?», «Os 20 anos que Henrique Monteiro não viu» e «A impunidade do acordo ortográfico», João Roque Dias; «Contra o Acordo Ortográfico – O que não interessaUm texto inconsistenteNão há uniformização ortográficaNão há uniformização da escritaAs chamadas consoantes mudasMais homografiasImplicações pedagógicasUma espécie de conclusão», «O entusiasmo de Henrique Monteiro» e «A gaguez de Francisco José Viegas», António Fernando Nabais; «E “tão-me a charengar” é português?», Ana Cristina Leonardo; «Desacordo ortográfico» e «Contra a lógica do “porque sim”», Pedro Correia; «O chamado “novo acordo ortográfico” – Um descaso político e jurídico», Francisco Ferreira de Almeida e José de Faria Costa; «Uma lança de África» e «Pois é – Antes fosse mentira», Nuno Pacheco; «Sobre o Acordo Ortográfico», José Gil; «ilcao cedilha net», Manuel Luís Bragança; «O que Helena Topa ou Não Topa», Ivo Rafael Silva; «Nós, os “teimosos”», Carlos do Carmo Carapinha; «Questões do Estado de Direito» e «A opção», Vasco Graça Moura; «Não ao acordo ortográfico» e «O desacordo ortográfico», Luís Menezes Leitão; «O impossível acordo», António Guerreiro; «O AO90 está em vigor? Onde?», Paulo Jorge Assunção; «O acordo ortográfico da nossa desunião (1ª Parte/2ª Parte)», António Viriato; «Dermatologia e resistência silenciosa», Francisco Miguel Valada; «Eterno desacordo», Pedro Lomba; «Da presuntiva artificialidade da ortografia», António Emiliano; «Cor-de-rosa laranja», Rui Cardoso Martins; «Um caso de revisionismo de conveniência», Ana Isabel Buescu, Helena Carvalhão Buescu e Jorge Buescu; «O resultado imprevisto do Acordo Ortográfico», Miguel Madeira; «Reescrever a História (1ª Parte/2ª Parte/3ª Parte)», João Pedro Graça; «O Accordo Ortographico», Rui Ramos; «Um golpe dos “patrões” da Língua», Cândido Lince; «A conspiração ortográfica», Manuel António Pina; «Pelo Inglês como idioma oficial de Portugal», João Campos; «Acordo ortográfico e bocejo…», José Alberto Quaresma; «A desmontagem do "facto consumado"», Teresa R. Cadete. (Também no Esquinas (119) e no MILhafre (55).      

segunda-feira, abril 02, 2012

Observação: Cumplicidade na perversidade

Mais um exemplo recente – e são tantos! – do delírio surrealista em que se transformou a (tentativa de) imposição do «acordo ortográfico» é dado pelas entrevistas que o blog Blogtailors – da Booktailors/Consultores Editoriais – tem conduzido com vários intervenientes do panorama literário português – autores, críticos, editores. A quase todos é pedida a opinião sobre o execrável AO90… e, invariavelmente, com maior ou menor veemência, a resposta vai sempre no sentido da rejeição, da negação do dito cujo.
Neste sentido, merecem especial destaque, entre outras, as posições de José Riço Direitinho («uma tontice, uma palermice»), Ana Pereirinha («não serve a língua, não serve a liberdade de pensamento ao cortar as raízes com a memória da língua»), Sara Figueiredo Costa («a derrocada de uma unidade e de uma lógica linguísticas que incluem a história da língua, a etimologia e a sua ligação com a definição de regras ortográficas, a própria noção de ortografia, que nunca incluiu a ideia peregrina de cada um escrever “como diz”») e Luís Miguel Rocha («a língua é um organismo vivo, evolui naturalmente, não faz qualquer sentido modificá-la artificialmente, em vez de perderem tempo com acordos ortográficos deviam esforçar-se por expandi-la»). E ainda Fernando Pinto do Amaral, Manuela Ribeiro, Luís Diamantino, Patrícia Reis, Cristina Ovídio, Ana Luísa Amaral, João Luís Guimarães, Helena Vasconcelos…
Porém, como a Booktailors e o Blogtailors também já «adotaram» o AO90, dá-se a insólita circunstância (e isto sucede sem dúvida em outras instâncias) de os depoimentos daqueles opositores à «nova ortografia» serem transcritos segundo a mesma. E isto é algo que todos os que combatem pela preservação da língua portuguesa devem resolver de uma vez por todas, e o mais rapidamente possível: em qualquer ocasião, em qualquer meio, devem certificar-se de que as suas palavras não serão distorcidas pelo «aborto» aberrante expelido por Malaca & Companhia (muito limitada); devem condicionar as suas participações, em órgãos de comunicação social que capitularam perante os totalitaristas culturais, ao respeito integral pela forma correcta de escrever.
Enfim, quanto à Booktailors, que assim tem visto ser sistematicamente posto em causa o seu colaboracionismo (interesseiro, porque também promove acções de formação sobre o assunto), que não «desespere», porque há algumas individualidades que de bom grado proclamarão a sua adesão ao AO90 se forem entrevistadas. Nomeadamente, Carlos Reis, Edite Estrela, Isabel Alçada, Lídia Jorge, Miguel Paes do Amaral e Vasco Teixeira; e Bárbara Bulhosa e José Eduardo Agualusa, que poderão aproveitar mais uma oportunidade para denunciar os «xenófobos» e «reaccionários» que ainda têm uma «visão imperial da língua». Pois, nós, os que somos contra a «uniformização» daquela, é que somos «imperialistas»… É uma «(i)lógica» interessante, a mesma, aliás, seguida no recente 7ª Reunião dos Ministros da Educação da CPLP, realizada em Angola (Luanda), e que teve como tema «solidariedade na diversidade». Mas… qual diversidade?! Só se for a culinária, porque quanto à linguística estamos conversados. «Cumplicidade na perversidade», isso sim! (Também no Esquinas (118) e no MILhafre (54).