domingo, junho 28, 2009

Observação: Dissecando um «monstro»

A circunstância de ser, desde há quase 30 anos, um ardente admirador, estudioso e defensor de Prince torna ainda mais penoso assistir a esta absurda histeria mundial por causa da morte de Michael Jackson.
Toda esta onda gigantesca de estupidificantes elogios ao suposto «King of Pop» - designação que tem tanto de imerecida como de ridícula – tem conseguido «contornar» três verdades fundamentais: primeira, o artista que é agora celebrado como «o maior» foi pela última vez interessante e relevante com o álbum «Dangerous» em 1991 (ou seja, há 18 anos!); segunda, e ao contrário do «Sua Alteza Púrpura», que escreve, toca e produz, quase sempre sozinho, as suas canções, «Wacko Jacko» precisou sempre do contributo decisivo (regular ou pontual) de outros músicos (para não falar de directores de vídeos...) para alcançar o sucesso, nomeadamente, e entre outros, Quincy Jones, Rod Temperton e Edward Van Halen (e afirmo que «1999» é superior a «Thriller» e «Sign O’The Times» é superior a «Bad», só para dar dois exemplos de discos saídos no mesmo ano); terceira, o «monstro» em que ele se tornou, e que presentemente está a ser – literal e figuradamente – dissecado, é, em última análise, da sua exclusiva responsabilidade, e não é legítimo atribuir culpas (a maior parte, pelo menos) à família e aos associados.
Artigos recentes de Andrew Breitbart e de Ian Halperin salientam como a (não provada) pedofilia e a (muito provável e dissimulada) homossexualidade terão contribuído decisivamente para o comportamento doentio de Michael Jackson, incluindo as repulsivas operações plásticas a que (voluntariamente) se submeteu. Curiosamente, e significativamente, a morte - no mesmo dia - de Farrah Fawcett suscitou nos EUA uma maior atenção dos telespectadores do que a do ex-marido de Lisa Marie Presley. O que, vendo bem, até se compreende. Quem é mais digno de admiração? O «monstro» narcisista irresponsável que deixou dívidas de centenas de milhões de dólares, ou a bela lutadora incansável que deixou parte da herança a organizações que apoiam mulheres vítimas de violência?
Entretanto, e «convenientemente», a situação no Irão saiu das primeiras páginas...
(Comentário feito também no Esquinas (48).)

quarta-feira, junho 24, 2009

Oráculo: «Espíritos...», dia 4, em Penamacor

O meu novo livro, «Espíritos das Luzes», vai ser apresentado no próximo dia 4 de Julho, pelas 16.30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Penamacor. Esta apresentação é integrada na conferência «Penamacor Contemporâneo – Figuras e Factos» do ciclo «O Fio da História», integrada, por sua vez, nas comemorações dos 800 anos do concelho de Penamacor. Esta vila beirã do distrito de Castelo Branco é a terra natal de António Ribeiro Sanches, uma das maiores figuras do Iluminismo português e europeu... e uma das personagens do meu livro. (Actualização: uma notícia dada também nos blogs Centenário da República e Nova Águia, e ainda no sítio do jornal Reconquista.)

quinta-feira, junho 18, 2009

Opções: Pelos livros

Assinei hoje a petição «Não destruam os livros!». Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui. Esta é uma posição que reiterei no Esquinas (47).

domingo, junho 14, 2009

Orientação: Obamatório

É com orgulho que anuncio hoje «oficialmente» a existência, e a «abertura ao público», do meu novo blog, após um (discreto) desenvolvimento de cerca de cinco meses: o Obamatório.
Junto ao título pode ler-se a sua definição e objectivos: «Um repositório de informações e de opiniões sobre Barack Hussein Obama em particular, e sobre a sua presidência, a política e a sociedade dos Estados Unidos da América em geral, que não são dadas habitualmente na comunicação social portuguesa, e não só. Um observatório da censura e da propaganda. Um laboratório contra a hipocrisia e a histeria.»
Ao contrário do que acontece em outros blogs dos quais sou co-autor ou colaborador, deste não darei alertas imediatos e singulares das actualizações que faça – apenas alertas periódicos e plurais. Assim, aconselho a que se inicie imediatamente a leitura... desde a primeira entrada, em 20 de Janeiro último. (Um anúncio feito também no Esquinas (46).)

sábado, junho 13, 2009

Orientação: A «outra» Ópera do Tejo

A partir de hoje, no sítio da Ópera do Tejo, estão excertos (do Capítulo 4, «Etéreas flores») do meu livro «Espíritos das Luzes», precisamente sobre... a «outra» Ópera do Tejo.

Obras: “Variações”

Em 13 de Junho um poeta morre infeliz
vítima da doença antes de fruir todo o talento e glória.
Durante anos viajou pelo Mundo cantando o seu país
e este homenageou-o acolhendo-o na sua História.

Tem barba mas não se chama Luís
e a sua obra é feita de muitas variações.
O seu nome é António e alguém diz
que noutra época tinha por apelido Camões.


Hoje passam 25 anos sobre a morte – em dia de Santo António! – de António Joaquim Rodrigues Ribeiro, mais conhecido como António Variações. (Evocação também no Esquinas (45) e no Nova Águia (29).)

Poema (Nº 271) escrito em 1994 e incluído no meu livro «Alma Portuguesa».

sexta-feira, junho 12, 2009

Orientação: PCR (5)

A partir de hoje no blog da Plataforma do Centenário da República, e tomando como pretexto o livro «Leva-me Esta Noite» de Cristina Flora, um comentário meu à forma como as instituições da república tratam (algumas d)as heranças da Monarquia.

quarta-feira, junho 10, 2009

Opções: 7 Maravilhas... escolhidas

Foram anunciados hoje os nomes dos monumentos que a partir de agora, e depois de uma votação que decorreu desde 13 de Dezembro de 2008, são considerados as 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Em relação à minha escolha, quatro das sete opções que eu fiz estão entre as vencedoras: Basílica do Bom Jesus de Goa (Índia); Cidade Velha de Santiago (Cabo Verde); Fortaleza de Mazagão (Marrocos); Igreja de São Paulo de Macau (China). As outras três são: Convento de São Francisco de Ouro Preto (Brasil); Convento de São Francisco de São Salvador da Baía (Brasil); Fortaleza de Diu (Índia). (Uma informação dada também no Esquinas (44) e Nova Águia (28).)

quinta-feira, junho 04, 2009

Obras: “Tiananmen”

Sim, foi quase,
mas não há que desesperar.
Um dia, qualquer dia,
a liberdade e a justiça irão triunfar.

Hoje passam 20 anos sobre a repressão dos manifestantes pró-democracia na Praça de Tiananmen, em Pequim, na China (evocação também no Esquinas (43)).

Poema (Nº 231) escrito em 1991 e incluído no meu livro «Museu da História».